segunda-feira, 2 de maio de 2011

AI, QUE MEDO!



  Aposto que você já se perguntou dizendo essa frase um milhão de vezes. Isso acontece porque passamos boa parte do tempo preocupados com aquelas coisas que nos ameaçavam: temos medo de perder o ano, de ficar doentes, de brigar com a melhor amiga(o), de pagar um mico na frente de todos da escola...alguns medos se justificam. E fazem bem pra gente. É justamente quando a professora toca o terror, depois de uma péssima nota na prova, que resolvemos estudar sério. Nesse caso somos movidos-não pelo desejo de aprender, ou pela responsabilidade- mas pelo medo. Quando os amigos (ou o namorado(a) ) nos propõem algo que a gente sabe que não é legal, lá vem ele de novo, nos chamando de volta á razão, e nos forçando a dizer algo como: " Tô na boa. Deixa pra próxima..."
  Eu confesso, foi puro medo que deixei de fazer um monte de besteiras agora na adolescência. "Mas se meus pais descobrirem?", eu penso, e saio de fininho, pra passar bem longe de qualquer roubada. Hoje quando olho pra trás vejo que foi bem melhor assim, e não me arrependo.
  Só que, ao mesmo tempo, tenho uma implicância danada com essa história de medo. Se ele nos protege em diversas situações da vida, também  nos deixa meio paralisados(as). Isso porque, do mesmo jeito que temos medo de ameaças reais, criamos perigos imaginários, que nos fazem perder grandes oportunidades, sem trazer benefícios em troca. Explico: é como o medo de parece ridícula. Ele nos faz abrir mão das nossas vontades e opiniões, daquilo que nos faz autênticos(as) (e, por isso mesmo, especiais). Mais ou menos como quando a turma toda resolve odiar Justin Bieber e a gente, por puro medo de não agradar, acaba entrando na onda, e finge que tambem " já passou dessa fase". Mas, daí, quando chega em casa e não tem ninguém por perto, ouve escondido.
  Também é um medo bobo o que nos faz desistir dos nossos sonhos. Muitas vezes, pelo medo de perder, preferimos nem lutar. Guardamos as nossas forças, as nossas melhores qualidades, todo o nosso potencial num cantinho escondido. E dizemos a nós mesmos(as) que está tudo bem, quando, na verdade, estamos é acomodados, infelizes, tentando nos convencer de que a vida sem certa dose de risco também pode ser deliciosa de viver. Será?
  Desconfio muito desse medo que, na realidade, é  o medo de ser feliz, de se mostrar para o mundo, de defender tudo aquilo em que acreditamos, de ir muito além do que os outros esperam de nós.
  Se o medo é bom, por um lado; por outro, merece ser olhado bem de perto, com um olhar bem desconfiado, se possível. Que tal começar a se perguntar: "Será que essa situação é mesmo tão ameaçadora quanto imagino"? "Qual é a pior coisa que pode acontecer se isso der errado"? Assim talvez você consiga chegar ao meio termo.
  Se arriscar, por bobeira, é burrice. Mas jogar-se na vida, em busca de sonhos grandes e de uma felicidade de verdade...isso, sim, compensa qualquer maluquice.
Comenta ai o que você achou!!

Um comentário:

  1. Ô MANU. QUE LINDO ESSE TEXTO. É SEU? SUGIRO UMA REFLEXÃO COM ELE NUMA REUNIÃO DE SÁBADO.DEUS TE ABENÇOE. NAIMAN

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